ANDES-SN lança revista em sessão especial em homenagem a Paulo Freire no Pará

Atualizado em 10 de Setembro de 2021 às 15h59

Durante sessão especial em homenagem ao centenário de Paulo Freire, realizada na tarde de quinta-feira (9) na Câmara Municipal de Belém (PA), a Regional Norte 2 do ANDES-SN aproveitou o momento para lançar, pela primeira vez em um evento público e presencial, a edição 66 da revista "Universidade e Sociedade". O volume traz artigos com reflexões sobre o legado de Paulo Freire para a educação brasileira.

"Eu queria agradecer essa oportunidade em nome do ANDES-SN, que nesse ano completa 40 anos, de poder colocar aqui, para toda essa plenária com intelectuais, movimentos sindicais e populares, a publicação do Sindicato e poder celebrar esse momento marcante para todos os defensores da educação, que é o centenário de Paulo Freire", celebrou Joselene Mota, vice-presidenta da Regional Norte 2 do ANDES-SN.

Joselene ressaltou que a revista é colaborativa e que, apesar de não haver uma periodicidade definida, seguirá recebendo artigos não apenas de filiadas e filados da base do sindicato, mas também de militantes que queiram construir formas de resistência também com produção intelectual, a partir das práticas de educação popular, como inclusive fez Paulo Freire, patrono da educação brasileira e um dos intelectuais mais citados em produções científicas no mundo.

A sessão contou com a participações de militantes históricos da educação popular, representantes da Prefeitura Municipal de Belém, da Assembleia Legislativa do Pará, além de diversas organizações não-governamentais e movimentos sociais. A atividade foi marcada por falas e apresentações potentes, demarcando os diversos atravessamentos que a obra do patrono da educação brasileira deixou de legado, de uma educação que deve ser pública, gratuita, contextualizada, socialmente referenciada, emancipatória e gratuita.

"É emocionante realizar essa sessão aqui, reunindo com pessoas das mais diversas esferas. Estamos nesse momento com um governo federal que é inimigo da educação, que tem um ministro da Educação declarando que alunos com deficiência atrapalham. Tenho certeza que se Paulo Freire estivesse vivo ele estaria nesse mesmo lado da trincheira em que hoje estamos", observou o vereador Fernando Carneiro, do PSol, que propôs e presidiu a sessão. Segundo ele, celebrar o legado freiriano é um ato de resistência, mas também de demonstrar como Freire vive nas mais diversas ações de educação popular, que são realizadas em várias partes do Brasil e do mundo.

O caráter internacional da obra de Paulo Freire foi reforçado por João Colares, professor da Universidade do Estado do Pará, sindicalizado do Sinduepa, seção sindical do ANDES-SN e membro da "Campanha latinoamericana e caribenha em defesa do legado de Paulo Freire" (CEAAL). João, que foi um dos idealizadores da sessão, anunciou que, durante o Fórum Panamazônico, que acontecerá em Belém em 2022, deverá ser realizado um encontro com educadoras e educadores populares dos nove países que compõem a Panamazônia.

Leia aqui a revista Universidade e Sociedade 66 - O Legado de Paulo Freire para a Educação 

 

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