ANDES-SN protocola nova manifestação em processo de inconstitucionalidade da Lei Geral das Universidades (LGU) do Paraná

Publicado em 19 de Outubro de 2023 às 17h57. Atualizado em 19 de Outubro de 2023 às 17h58

Na última segunda-feira (16), o ANDES-SN protocolou manifestação contrapondo argumentos do governo do Paraná e reafirmando a defesa da inconstitucionalidade da Lei Geral das Universidades (LGU) do estado. A atuação se deu através da Assessoria Jurídica da Regional Sul, nos marcos da Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada por parlamentares paranaenses em novembro de 2022. O Sindicato Nacional foi admitido como parte interessada no processo e enviou sua exposição de motivos em março deste ano.

Na ação, a resposta do governo de Ratinho Junior (PSD), assinada pelo Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, explicita a intenção de exercer controle sobre as universidades e alega que as instituições teriam ganhos com a LGU, o que é contraposto com a apresentação de dados nesta nova manifestação do ANDES-SN no processo.

A LGU é um brutal ataque contra as universidades estaduais paranaenses e uma explícita afronta à autonomia universitária. A pretexto de estabelecer “parâmetros” únicos em relação ao número de docentes e custeio, a LGU diminui o quantitativo de docentes efetivos, retirando 745 vagas do sistema. “Além disso, restringe a realização de concursos públicos, consolida a redução do orçamento imposta nos últimos anos, limita a dedicação exclusiva, possibilita ao governo estadual impor o fechamento de cursos que não atinjam índices estabelecidos de matrículas, estimula a terceirização, impõe uma dinâmica gerencial e mercantil às universidades, coloca em risco a pós-graduação e impõe uma intensificação ainda maior do trabalho docente, muito especialmente dos docentes temporários”, elenca Gilberto Calil, 1º vice-Presidente da Regional Sul do ANDES-SN.

Dentre as alegações arroladas na manifestação, o diretor do Sindicato Nacional destaca os dados que comprovam a progressiva e sistemática redução das verbas de custeio das instituições nos últimos anos e a violenta redução no número de docentes efetivos e, também, as informações sobre o crescimento das universidades ao longo dos últimos vinte anos, que tornam ainda mais drásticos os efeitos da Lei. “A LGU, em síntese, é um ataque à autonomia universitária e um instrumento de precarização e reconfiguração mercantil da forma de funcionamento das universidades públicas paranaenses, razão pela qual o enfrentamento político e jurídico tem sido assumido pelo ANDES-SN e pelas seções sindicais”, afirma Calil.

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