ANDES-SN repudia voto de relator da Comissão de Ética pela cassação do deputado Glauber Braga

Publicado em 04 de Abril de 2025 às 10h25. Atualizado em 04 de Abril de 2025 às 10h27

O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do processo contra o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pediu, na quarta-feira (2), a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro parlamentar. A votação do caso no conselho foi adiada por um pedido de vista do deputado Chico Alencar (PSol-RJ).

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Glauber Braga foi acusado pelo Partido Novo de ter expulsado da Câmara, em abril do ano passado, com empurrões e chutes, Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), que já havia assediado o parlamentar diversas vezes. Braga reagiu em autodefesa, frente aos assédios e ataques do militante do MBL, que chegou a ofender a mãe do deputado. O MBL tem um padrão de provocações a vários parlamentares de esquerda.

Em nota, o ANDES-SN repudiou veementemente o voto de Magalhães, que, segundo o Sindicato Nacional, legitimou mais um ataque à democracia, fortalecendo a extrema direita no país. Para a entidade, relator, com justificativa pífia, desconsiderou o objeto do processo ao se declarar favorável à cassação do mandato necessário do deputado Glauber Braga.

“O voto pela cassação ocorre no momento em que a Câmara convive, silenciosamente, com um deputado acusado de envolvimento no assassinato da vereadora eleita Marielle Franco (PSol-RJ). Faz-se necessário ressaltar que a base de Arthur Lira (PL-AL) e dos(as) defensores(as) do golpe de 8 de janeiro de 2023 tentam, de forma vergonhosa, calar uma das vozes mais firmes contra os privilégios, os conchavos e a política de conciliação com a extrema direita”, denunciou o ANDES-SN.

O deputado Paulo Magalhães se absteve de votar no processo que pedia a cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Brazão está preso desde 24 de março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, que ceifou também a vida do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

Segundo o Sindicato Nacional, esse processo reflete as tentativas da extrema direita de restringir as liberdades democráticas e punir quem se coloca com coerência ao lado das lutas do povo. “Seguiremos combatendo a política do ódio e do autoritarismo, na defesa da classe trabalhadora”, afirmou a entidade. 

“A farsa é tão evidente que, elementos completamente estranhos à acusação direcionada ao deputado, compuseram a linha argumentativa que têm mais do que qualquer outra serventia a perseguição e criminalização de quem luta. Toda solidariedade ao deputado federal Glauber Braga. Glauber, fica!”, concluiu a nota.

Leia aqui a íntegra do documento.

Compartilhe...

Outras Notícias
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
EVENTOS
Update cookies preferences