Após greve, Reitoria corta parte do salário de docentes da Unimontes

Atualizado em 06 de Maio de 2022 às 17h46

Os e as docentes da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que realizaram greve em defesa de seus direitos, tiveram parte da remuneração de abril, recebida em maio, cortada. De acordo com a Associação dos Docentes da Unimontes – Seção Sindical do ANDES-SN (Adunimontes SSind.), os valores não pagos ultrapassam R$ 1.500 em alguns casos.

“O reitor e a vice-reitora da Unimontes, Antonio Alvimar e Ilva Ruas, juntamente com o diretor de Recursos Humanos, Irineu Ribeiro Lopes, num ato absurdo e completamente sem critério, decidiram pelo corte de parte do vencimento de vários professores grevistas”, afirma em nota a Adunimontes SSind. “Um prejuízo drástico para a categoria, que já sofre com defasagem salarial há mais de 10 anos”, acrescenta.

A entidade informou que buscou diálogo com a reitoria e já cobrou explicação sobre os critérios para os cortes, considerados, pela Adunimontes SSind, como mais uma “atitude raivosa, irrefletida e punitiva da gestão da universidade”.

A greve da categoria foi suspensa em 18 de abril e desde então as e os docentes se organizam para a reposição das aulas. “Os valores confiscados, referentes à Ajuda de Custo, precisam ser devolvidos aos/às professores/as que já se organizam desde o fim da greve para a reposição das aulas, aguardando o calendário”, cobra a Adunimontes SSind.

“Mais uma vez a reitoria e a DDRH demonstram sua posição contra professores e professoras, a incompetência administrativa e sua subserviência ao Governo Zema”, ressalta a nota da Seção Sindical do ANDES-SN na Unimontes. 

A entidade está tomando as medidas cabíveis, políticas e jurídicas, para reverter o desconto nos salários de professores e professoras.

A greve
Docentes da Unimontes deflagram greve no dia 9 de março, após várias tentativas frustradas de diálogo com o governo do estado de Minas Gerais. Professores e professoras da Unimontes, assim como da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), amargam perdas salariais e têm a remuneração fragmentada em benefícios não incorporados e também sofrem com o não pagamento do regime de Dedicação Exclusiva.

Sem reajustes na remuneração há mais de uma década, a greve também tinha por objetivo cobrar do governador Romeu Zema (Novo) o cumprimento de um acordo judicial firmado em 2016, que resultou na suspensão da greve de 106 dias, realizada naquele ano.

Saiba mais
Docentes da Unimontes entram em greve por tempo indeterminado

 

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