Docentes da Bahia em greve realizarão ato em Salvador no dia 25

Publicado em 23 de Abril de 2019 às 15h30

A cidade de Salvador (BA) receberá na quinta-feira (25) mais uma mobilização de greve dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). A concentração do ato será às 14h, no Teatro Castro Alves. São esperadas centenas de docentes, técnico-administrativos e estudantes na manifestação.

Comunidades acadêmicas se manifestarão na capital baiana

Os docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) estão em greve há 14 dias.

O movimento docente em greve foi recebido pelo governo baiano no dia 16. Foi a primeira reunião entre docentes e governo em quatro anos. Na ocasião, foi apresentada pelo governo a possibilidade de liberação de promoções e progressões através de um Projeto de Lei (PL).

O PL em questão é uma proposta de remanejamento de vagas sem ampliação e desvinculação de vaga/classe. Dessa forma, segundo os próprios representantes do governo, a proposta ainda não atende ao número total de filas na Uesb e Uneb. Embora tenha sinalizado a possibilidade de discussão sobre as demandas de regime de trabalho, o governo ainda não apresentou nenhuma proposta concreta em relação ao tema.

Sobre os demais itens da pauta de reivindicações da greve, o movimento docente aguarda posição do governo. Até o momento, o mesmo recusa-se a discutir reajuste salarial e ampliação do orçamento das Universidades. Rui Costa (PT) se comprometeu somente com a liberação dos R$ 36 milhões contingenciados, que não alcançam nem 50% do valor não repassado às Instituições no ano passado.

Além disso, esse recurso é destinado apenas para obras e equipamentos e não atende ao pleito do movimento, que luta por verbas para as rubricas de manutenção e custeio das universidades.

Caroline de Araújo Lima, 1ª secretária do ANDES-SN e docente da Uneb, afirma que o movimento docente já conquistou avanços com a greve. “Infelizmente, o governo da Bahia só abriu mesa de negociação quando foi indicada a deflagração de greve. Depois da deflagração da greve, o governo devolveu parte do orçamento das universidades que havia sido contingenciado. E só depois da deflagração da greve que o governo indicou publicar promoções e progressões”, afirma a docente.

Ela ressalta, porém, que a pauta de reinvindicações do movimento docente segue sem ser plenamente atendida. “Por isso, a indicação do Fórum das ADs é que a categoria permaneça em greve para que o movimento docente possa avançar ainda mais nessa luta”, completa Caroline. “O ato do dia 25 será uma demonstração de força do movimento docente e do restante da comunidade acadêmica das Ueba”, conclui.

Com informações e imagem de Fórum das ADs.

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