Docentes da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (CE) denunciam condições precárias da instituição

Atualizado em 25 de Março de 2022 às 15h09
Imagem divulgada em 2021 já mostrava que além do mato alto, uma parte do muro do CCH tinha desabado.
Foto: Divulgação/SindiUVA SSInd

Desde o ano passado, docentes vêm denunciando a situação precária do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), no campus do Junco, na cidade de Sobral (CE). Em agosto de 2021, a Seção Sindical do ANDES-SN na UVA (Sindiuva SSind.) fez uma nota detalhada sobre as péssimas condições estruturais do local. Mais de seis meses depois, nada foi feito. 

Nesse mês, o Conselho Ampliado do Centro de Ciências Humanas da UVA divulgou documento denunciando a situação precária em que se encontra a Instituição, particularmente o CCH, que concentra os cursos de graduação em Ciências Sociais (bacharelado e licenciatura), em Geografia (bacharelado e licenciatura) e em História (licenciatura) e os cursos de Mestrado Acadêmico em Geografia e Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional. O documento é fruto de reunião do Conselho, realizada em 11 de março.

“A nossa Universidade atende à parcela mais pobre da região noroeste cearense e de suas adjacências, fato que requer ainda mais atenção em um retorno às atividades presenciais no contexto de pandemia de COVID-19. A UVA, especialmente o CCH, mesmo em condições precárias, é responsável por formar quase que a totalidade dos professores que atuam nas redes municipais e estadual de ensino na região e circunvizinhança. A reforma do campus do Junco, que abriga o CCH-UVA na cidade de Sobral, ocorre há mais de três anos, fazendo com que o Centro funcione de forma improvisada e precária em diversos campi da UVA (Betânia, Cidao e Derby)”, afirmam os e as integrantes do Conselho Ampliado do CCH. 

Em 7 de março, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UVA baixou uma resolução  autorizando o retorno às atividades presenciais na instituição. Com isso, a situação do CCH, e de toda universidade, é ainda mais grave.

A nota do Conselho Ampliado do CCH ressalta, além da situação precária, que expõem a comunidade universitária a ambientes insalubres, diversos equipamentos essenciais do CCH estão fechados, como a biblioteca de Ciências Humanas, auditórios, diversos laboratórios, núcleos, gabinetes de professores/as, sala de informática e sala de vídeo. “É importante destacar que a comunidade universitária do CCH–UVA exige providências das autoridades competentes no sentido de que a reforma do Centro seja concluída o mais breve possível e as instalações prediais e equipamentos sejam entregues em plenas condições de funcionamento”, aponta o documento.

Outra crítica apresentada é o fechamento do restaurante universitário, essencial aos e às estudantes, considerando as condições de deslocamento das e dos discentes. “Neste sentido, a comunidade do CCH exige uma medida alternativa urgente para assegurar as condições mínimas necessárias de permanência dos estudantes na Universidade”, afirma o documento. Confira a íntegra aqui.

Denúncia ao MP/CE
O Sindiuva SSind. do ANDES-SN apresentou uma denúncia formal ao Ministério Público do Estado do Ceará  (MP/CE) que, em despacho de 15 de fevereiro de 2022, afirmou ser necessário maior aprofundamento no caso para que o MP tome a medida adequada.

“Considerando a necessidade de realização de diligências”, o MPCE determinou a instauração do Procedimento Administrativo n.º09.2022.00005487-9 para investigar o sucateamento do CCH – campus do Junco da UVA, o que engloba a averiguação da reforma iniciada em fevereiro de 2019, que já ultrapassou três anos, quando deveria ter sido finalizada em 180 dias.

* com informações do Sindiuva SSind. e do Sobral Online 

Leia também:
Docentes da UVA denunciam sucateamento e abandono de Centro de Ciências Humanas

 

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