Docentes das estaduais em greve no Pará e em Minas cobram negociação com os governos

Publicado em 20 de Maio de 2024 às 18h08. Atualizado em 20 de Maio de 2024 às 18h11

Professoras e professores das universidades do estado do Pará (Uepa) e de Minas Gerais (Uemg), em greve, lutam por abertura de negociações com os respectivos governos estaduais. As categorias das duas estaduais deflagraram os movimentos paredistas no início desse mês.

Em greve desde o dia 9 de maio, docentes da Uepa realizaram um ato público em frente à Casa Civil do estado do Pará na última sexta-feira (17). Após muita pressão, o movimento conquistou uma audiência com a ouvidora Anete Carvalho, do Núcleo Consultivo da Administração Direta e membra da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Ela se comprometeu a participar da reunião com o governo, agendada para o dia 29 de maio, para mediar as negociações com a Secretaria de Planejamento e Administração (Seplad). A reunião com a Seplad não trouxe qualquer resposta à principal pauta do movimento docente, que é o reajuste salarial.

Ato realizado no dia 14 de maio na Praça da Reitoria da Uepa. Foto: Sinduepa SSind.

Além disso, as e os docentes da Uepa também criticam que o vencimento base de docentes com carga horária de 40h, sem dedicação exclusiva (DE), está abaixo do Piso Salarial Profissional Nacional da Educação Básica (PSPN). Apenas 25% da categoria atua com DE, o que dificulta o desenvolvimento da pós-graduação, da pesquisa e da extensão na instituição.

Nesse domingo (19), o Sindicato dos Docentes da Uepa (Sinduepa – Seção Sindical do ANDES-SN) e o Comando de Greve da Uepa realizaram um ato para dialogar com a população sobre os motivos da greve. Na ocasião, foram apresentados dados sobre a defasagem salarial da categoria: quase 40% das professoras e dos professores da Uepa, cerca de 430 efetivos, recebem uma remuneração abaixo da média geral da rede estadual de Educação Básica. Na terça-feira (21), as e os docentes participarão de uma assembleia para discutir o balanço da greve, bem como a construção de uma agenda de mobilizações.

Em Minas Gerais, as e os docentes da Uemg deflagraram greve em 2 de maio por recomposição salarial e orçamentária para a universidade, melhores condições de trabalho e o cumprimento do orçamento previsto para as instituições na Constituição Estadual, entre outras reivindicações. 

Na última quinta-feira (16), a categoria aprovou a continuidade da greve por tempo indeterminado. A decisão levou em consideração a falta de retorno do governo em relação às reivindicações. A próxima assembleia geral será realizada no dia 24 de maio, de forma presencial, na cidade de Passos, no sul de Minas Gerais, onde também ocorrerá um grande ato da educação pública, em conjunto com as trabalhadoras e os trabalhadores da rede estadual básica de ensino.

Semana de Lutas
Nesta segunda-feira (20), teve início a Semana de Lutas das Instituições Estaduais, Municipais, Distritais de Ensino Superior (Iees/Imes/Ides). Até o dia 24 de maio, docentes de diversas instituições de todo o país se mobilizam por salário, carreira, financiamento e autonomia universitária, com o objetivo de dar visibilidade à luta da categoria docente.

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