Mulheres Munduruku e MPF coletam recursos para reconstruir sede atacada por garimpeiros no Pará

Atualizado em 04 de Maio de 2021 às 11h55
Campanha de arrecadação pretende manter associação que luta contra a mineração ilegal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Garimpeiros ilegais depredaram a sede da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn, em Jacareacanga (PA). O ataque, ocorrido na última quinta-feira (29), procurou silenciar coletivo contrário à mineração ilegal em terras indígenas. Foram destruídos documentos, móveis, equipamentos e produtos indígenas que estavam à venda no local.

O Ministério Público Federal (MPF) e as mulheres Munduruku realizam campanha de arrecadação de fundos com o objetivo de reformar o prédio, repor os itens destruídos e, assim, reconstruir e ampliar a mobilização e luta contra o avanço da mineração ilegal.

As terras onde vive o povo Munduruku têm enfrentado invasão de garimpeiros ilegais desde o início da década passada mas, nos últimos três anos, os episódios têm se tornado maiores e mais graves. No mês de abril de 2021 grupos armados acompanhando a chegada de maquinário pesado, escoltados por helicópteros, têm avançado nas proximidades das bacias hidrográficas que são fundamentais para a sobrevivência indígena.

Em resposta, o MPF abriu apurações para investigar improbidade administrativa por parte das autoridades responsáveis por coibir invasões. Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em andamento no mês de agosto de 2020, foi interrompida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com intervenção do Ministério da Defesa. Há suspeitas de vazamento de informações sigilosas e transporte de garimpeiros em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), fatos esses que estão sendo investigad0s em dois inquéritos do MPF.

As doações em nome da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn podem ser realizadas na conta abaixo:

• Banco: Bradesco

• Agência: 0759-5

• Conta Poupança: 38295-7

• CNPJ: 30.024387/0001-87

Para mais informações sobre a campanha ou para que instituições e organizações se registrem como apoiadoras da iniciativa, os contatos são os das Assessorias de Comunicação (Ascons) do MPF no Pará e da associação: WhatsApp/telefone: (91) 98402-2708, e e-mail: prpa-ascom@mpf.mp.br (Ascom MPF/PA), ou e-mail: wakoborun@gmail.com (Ascom Associação Wakoborũn).

Acesse os materiais de divulgação da campanha. Clique aqui

A campanha conta com apoios de:

  • André Trigueiro
  • Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)
  • Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí)
  • Comissão Pastoral da Terra
  • Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos
  • Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (Cita)
  • Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
  • Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa)
  • Fórum da Amazônia Oriental (Faor)
  • Instituto Kabu
  • International Rivers - Brasil
  • Jornal de Casa, com Victor Camejo
  • Movimento Xingu Vivo Para Sempre
  • Mulheres Indígenas do Baixo Tapajós - Departamento de Mulheres Indígenas do Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (Cita)
  • Sindicato Nacional de Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN)
  • Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH)
  • Uma Gota no Oceano

*Com informações do MPF no Pará

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