NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN EM SOLIDARIEDADE À LUTA DOS POVOS INDÍGENAS DO PARÁ POR EDUCAÇÃO

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN EM SOLIDARIEDADE À LUTA DOS POVOS INDÍGENAS DO PARÁ POR EDUCAÇÃO

Publicado em 16 de Janeiro de 2025 às 18h46

A Diretoria do ANDES-SN solidariza-se com a luta dos povos indígenas no Pará, que estão, neste momento, em luta contra a precarização da educação no estado. Recentemente, o governo de Helder Barbalho (MDB/PA) aprovou o Projeto de Lei nº 10.820/2024, que ataca diretamente dois sistemas decisivos para garantir o acesso à educação pelos povos indígenas: o Sistema de Ensino Modular (SOME) e o Sistema de Organização Modular de Educação Indígena (SOMEI). Barbalho e seus apoiadores na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) propõem que as atividades presenciais sejam substituídas por aulas on-line.

Como resposta, desde terça-feira (14 de janeiro), indígenas das etnias Gavião Parkatejê, Xikrin, Wai Wai, Tembé, Munduruku do alto, Arara vermelha, Arapiun, Apiaká, Borari, Jaraki, Kumaruara, Maytapú, Munduruku, Munduruku cara-preta, Tupinambá, Tapuia, Tupayú, Tapajó, Sateré Mawé e outras estão se manifestando contra mais um duro ataque aos povos indígenas, favorecendo o etnocídio e o epistemicídio.

Como parte da luta contra os ataques do governo de Helder Barbalho, as(os) manifestantes, contando com a solidariedade de estudantes e professoras(es) do estado do Pará, estão ocupando, desde terça-feira, o prédio da Secretaria de Estado de Educação do Pará. As e os ocupantes reivindicam a saída do atual secretário de educação e a manutenção das aulas presenciais.

Repudiamos os diversos atos de repressão que as(os) ocupantes enfrentam nesse momento. A Polícia Militar, sob o comando de Helder Barbalho, já atacou a ocupação com balas de borracha e spray de pimenta, além de impedir o acesso da imprensa e ter cortado o fornecimento de gás e água no prédio. Mesmo assim, a ocupação já está no seu terceiro dia.

O ANDES-SN entende que a precarização do acesso à educação aos povos indígenas é parte do atual processo de etnocídio e epistemicídio que vêm sendo aplicado pelo capital. Por isso, defendemos a luta dos povos indígenas do Pará por uma educação pública, gratuita, de qualidade e presencial!

          

             Brasília (DF), 16 de janeiro de 2025.

Diretoria do ANDES – Sindicato Nacional

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