Docentes das universidades argentinas realizam nova paralisação de 48 horas

Publicado em 23 de Agosto de 2024 às 16h24.

Docentes das universidades públicas da Argentina realizaram nova paralisação de 48 horas, nesta terça (20) e quarta-feira (21), dando continuidade à luta contra a situação orçamentária e em busca de uma recomposição salarial. A categoria e outros trabalhadores e trabalhadoras das universidades alegam perdas salariais superiores a 50%.

Foto: Adiunt Unt / Conadu Historica

A paralisação foi convocada pela Federação de Docentes e Pesquisadores Universitários da Argentina - Conadu Histórica, em acordo com a Frente Sindical das Universidades Nacionais. Uma nova Marcha Universitária Nacional também foi aprovada para a semana de 9 a 13 de setembro.

Representantes sindicais afirmam que a greve de 48 horas é devido a reuniões malsucedidas com o governo de extrema direita de Javier Milei, que não demonstra o menor interesse em resolver a situação salarial crítica do setor da Educação. A paralisação também ocorre contra a manutenção da proposta irrisória de um aumento salarial de 3% em agosto e 2% em setembro, em meio à alta inflação anual, que atingiu 263,4% em julho.

Além da recomposição salarial, os docentes reivindicam aumento do orçamento das universidades, o pagamento do Fundo de Incentivo Docente (Fonid) e bolsas estudantis.

Durante a sessão plenária que deliberou a paralisação foi reforçado ainda o apoio massivo à luta contra a intervenção e o desfinanciamento da Universidade Nacional Madres de Plaza de Mayo (UNMa). Em seu 67º Conad, o ANDES-SN aprovou moção de solidariedade à UNMa e de repúdio ao governo Milei.

Para a Conadu Histórica, a aprovação, no Congresso Nacional, da Lei de Financiamento das Universidades Públicas foi um passo importante, mas ainda há um longo caminho a percorrer “por uma universidade que cumpra o direito dos argentinos no ensino superior”.

Desde que assumiu a presidência, em dezembro do ano passado, Javier Milei vem aplicando uma política de cortes severos nos recursos públicos destinados a vários setores essenciais, incluindo a educação, extinguindo ministérios e apertando a política monetária para conter a desvalorização do peso frente ao dólar.

*Com informações da Conadu Histórica e Agências de Notícias

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