Semana de Lutas das Iees, Imes e Ides ocorre de 20 a 24 de maio

Publicado em 17 de Maio de 2024 às 09h44. Atualizado em 24 de Maio de 2024 às 13h14

Na próxima segunda-feira (20) inicia a Semana de Lutas das Instituições Estaduais, Municipais, Distritais de Ensino Superior (Iees/Imes/Ides). Até o dia 24 de maio, docentes de diversas instituições de todo o país estarão mobilizados e mobilizadas por salário, carreira, financiamento e autonomia universitária, com o objetivo de dar visibilidade à luta da categoria docente.

A Semana de Lutas se inicia com o lançamento da campanha “Universidades estaduais, municipais e distrital: quem conhece, defende”, na segunda-feira (20), apresentando a importância dessas universidades na interiorização do ensino superior no Brasil, além do papel do ANDES-SN na nacionalização das lutas do Setor das Iees, Imes e Ides.

Atos públicos serão realizados localmente, na terça (21) e na quinta-feira (23), em defesa das instituições e pautando as condições de trabalho, salário, carreira, financiamento e autonomia. O Setor também participa da grande Marcha da Classe Trabalhadora, em 22 de maio, na cidade de Brasília (DF).

Na sexta-feira (24), ocorre a divulgação do primeiro vídeo da campanha: “Universidades Estaduais, Municipais e Distrital: quem conhece, defende!”, com o tema criminalização das lutas.

O ANDES-SN, por meio da Circular 198/24, solicitou às seções sindicais que enviem material audiovisual (foto e vídeo) da campanha “Universidades estaduais, municipais e distrital: quem conhece, defende” até, no máximo, sexta (24).

“A Semana de Lutas do Setor das Iees, Imes e Ides é uma importante deliberação do último congresso do ANDES-SN, em razão da possibilidade e potencialidade de mobilização em todos os estados em defesa das pautas dos docentes nas seções sindicais. Acreditamos que esse ano essa mobilização tem uma importância muito grande porque muitas seções sindicais estão em campanha salarial, algumas inclusive em greve, como é o caso do Ceará, Minas Gerais e Pará. Esse momento, portanto, é importante para que nós possamos dar visibilidade às nossas lutas, tanto no âmbito do sindicato quanto no âmbito da sociedade e, principalmente, no interior das universidades”, disse Alexandre Galvão, 2º secretário do ANDES-SN e da coordenação nacional do Setor das Iees/Imes/Ides.

Reconhecida pelo seu contexto histórico, a Semana de Lutas das Iees/ Imes e Ides ocorre, geralmente, em maio, mês no qual as Assembleias Legislativas votam as Leis Orçamentárias Anuais dos estados. Além da pressão por mais orçamento para a educação superior pública, as e os docentes têm realizado mobilizações incessantes, nos estados e municípios.

Greve
Em diversos locais do país, professoras e professores das universidades estaduais, municipais e distritais estão em luta na defesa de seus direitos. Docentes da Universidade do Estado do Pará (Uepa) iniciaram greve no 9 de maio para combater o descaso com a educação superior do governo Helder Barbalho (MDB). O vencimento base de docentes 40h, sem dedicação exclusiva (DE), está abaixo do Piso Salarial Profissional Nacional da Educação Básica (PSPN). Além disso, apenas 25% da categoria atua com DE, o que dificulta o desenvolvimento da pós-graduação, da pesquisa e da extensão na Uepa.

No Ceará, docentes das universidades Estadual do Ceará (Uece), do Vale do Acaraú (UVA) e da Regional do Cariri (Urca) deflagaram greve no mês de abril por reajuste salarial de 35,7%, melhores condições de trabalho, realização de concursos públicos e convocação do cadastro reserva, além de melhorias e reformas na infraestrutura das universidades, garantia do direito do restaurante universitário às e aos estudantes, entre outras reivindicações. A Urca suspendeu a greve no dia 3 de maio e, no dia 24, vai deliberar se retoma ou não o movimento paredista.

Em Minas Gerais, docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais deflagraram greve em 2 de maio, cobrando o cumprimento do acordo firmado em 2016, homologado na justiça a partir de 2018. Lutam também pela recomposição salarial e pela recomposição orçamentária da Uemg, além de melhores condições de trabalho e o cumprimento do orçamento previsto para as instituições na Constituição Estadual, entre outras reivindicações.

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