No início dessa semana (18), o governo de Israel rompeu, novamente, o acordo de cessar-fogo e intensificou os ataques à Faixa de Gaza. Segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, os bombardeios israelenses deixaram mais de 436 palestinas e palestinos mortos, entre as quais 183 crianças.
Desde o início da ofensiva genocida de Israel, em outubro de 2023, mais de 18 mil crianças palestinas assassinadas. Em nota, o ANDES-SN manifesta seu veemente repúdio a essas ações e reforça sua posição histórica de solidariedade ao povo palestino.
“Condenamos enfaticamente os crimes e as violações de direitos humanos perpetrados pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza e continuamos a exigir do Governo Lula-Alckmin medidas imediatas para cessar as violências praticadas por Netanyahu, incluindo a ruptura das relações diplomáticas com Israel”, afirma a diretoria do Sindicato Nacional.
A nota da entidade ressalta a proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, de um plano de expulsão completa da população da Faixa de Gaza, para que os EUA pudessem assumir a área e construir uma “Riviera do Oriente Médio”. “Esta proposta configura nitidamente um degrau a mais no genocídio da população da Faixa de Gaza e aponta para o reparto neocolonial do território em questão. Com essa proposta e aliada à cumplicidade dos governos da UE, o governo sionista de Israel, encontra estímulo para desconhecer o acordo assinado com a resistência palestina de cessar-fogo e continuar com sua prática do genocídio da população da Faixa de Gaza”, afirma o documento.
A diretoria conclui reiterando o compromisso do ANDES-SN com a luta pela autodeterminação do povo palestino e conclamando a comunidade internacional a tomar medidas efetivas para cessar o genocídio, garantir a entrada de ajuda humanitária na região e lutar para que palestinas e palestinos possam ter o direito de viver livres e em paz em seu território. Confira aqui a íntegra da nota.
ANDES-SN em LUTA
O ANDES-SN tem uma longa trajetória de solidariedade ao povo palestino e de condenação às ações do Estado de Israel na região. Em 2018, aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). No 42º Congresso, em 2023, aprovou a moção "Não é guerra, é genocídio!", e no 67º Conad decidiu lutar pelo rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.
Em 29 de novembro do ano passado, representantes da Diretoria Nacional do ANDES-SN participaram de uma reunião no Itamaraty, onde cobraram a ruptura das relações diplomáticas, comerciais, militares e acadêmicas do Brasil com Israel. No 43º Congresso do ANDES-SN, realizado no final de janeiro, a categoria docente reafirmou a solidariedade ao povo palestino, o compromisso com a autodeterminação palestina e a denúncia das violações cometidas contra esse povo.
* Com informações do Brasil de Fato