Abraço simbólico marca ato em defesa do CNPq​

Publicado em 17 de Outubro de 2019 às 16h50

Servidores, pesquisadores, colaboradores e representantes de entidades do setor da educação participaram de ato em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na sede da entidade, em Brasília, na manhã desta quarta-feira, 16.

O ANDES-SN esteve presente no ato em defesa do CNPq

O protesto foi contra o projeto de extinção da agência ou a possível fusão com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Mais de 500 pessoas fizeram um grande círculo ao redor do prédio, em um abraço simbólico em apoio à preservação da agência.

O CNPq avalia pesquisadores individuais ou grupos de pesquisa; já o Capes é uma entidade que avalia programas de pós-graduação stricto sensu​ (mestrados e doutorados). As entidades exercem funções distintas, a exemplo das bolsas individuais de produtividade em pesquisa, que somente é concedida pelo CNPq.

Caroline Lima, 1ª secretária do ANDES-SN, representou a entidade no fortalecimento da luta em defesa da produção do conhecimento brasileiro. “O ANDES Sindicato Nacional defende a educação pública e a educação superior. Nos colocamos ao lado daqueles que constroem e apoiam a ciência e a tecnologia. Para nós, a proposta do MEC​ cria a possibilidade de extinguir a Capes e o CNPq, transformando ambos em uma agência alinhada aos interesses do ministério. É uma forma do governo federal aumentar o seu controle sobre as universidades, ferindo ainda mais a autonomia universitária, desestruturando todo um trabalho voltado para a ciência, tecnologia e inovação, atacando a nossa soberania nacional, e principalmente, é um ataque ao direito de acesso à educação”, declarou.

A diretora pontuou ainda sobre o retrocesso que o governo federal quer implantar no Brasil. “Essa ação do MEC é mais uma​ tentativa de​ destruir a produção do conhecimento. Não basta só o contingenciamento orçamentário, querem destruir toda a historia desse país, não só na produção do conhecimento, mas na produção da ciência e tecnologia. Nós vamos resistir”, declarou Caroline Lima.

Assembleia histórica na Unicamp
Mais de oito mil pessoas lotaram o pátio e os corredores do Ciclo Básico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para participar da Assembleia Universitária Extraordinária, realizada nessa terça-feira (15). O ato aprovou por unanimidade dos presentes uma moção dirigida à sociedade brasileira em defesa da ciência, educação e autonomia das universidades públicas. Confira a íntegra da moção.

Foto: Adunicamp SSind.

A assembleia foi convocada em conjunto pela Reitoria, Associação dos Docentes da Unicamp – Adunicamp Seção Sindical do ANDES-SN, Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Unicamp (STU), DCE e APG. Essa é a primeira vez, em 53 anos de existência da universidade, que todas as entidades representativas da comunidade acadêmica convocam uma Assembleia Universitária Extraordinária, ato previsto nos estatutos da universidade.

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