Em nova rodada da MNNP, governo apresenta proposta desrespeitosa e adia reajuste para 2025

Publicado em 18 de Dezembro de 2023 às 20h43. Atualizado em 19 de Dezembro de 2023 às 12h57

Proposta do MGI trouxe apenas correção dos auxílios para 2024. Aposentadas e aposentados serão penalizados

Desrespeitosa. Essa é a síntese da sexta e última reunião do ano de 2023 da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), que discute a recomposição salarial para o funcionalismo público federal. Assim como as rodadas anteriores, essa também fracassou.

Mais uma vez, o governo federal foi incapaz de apresentar algo minimamente decente e factível. A proposta traz apenas ajuste nos "penduricalhos" para 2024: auxílio-alimentação de R$ 1.000; auxílio-saúde de R$ 215 por beneficiário (hoje o valor é de R$ 144) e auxílio-creche de R$ 484,90. Há também a promessa de reajuste de 9% parcelado, sendo 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

Péssima, a proposta desrespeita o funcionalismo público do Executivo federal e penaliza, principalmente, servidoras e servidores aposentados, que não recebem esses benefícios.

Ao lado das demais entidades que integram o Fórum das Entidades Nacionais das Servidoras e dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), o ANDES-SN criticou a proposta por não representar qualquer avanço na negociação e ainda ser desrespeitosa com o conjunto das servidoras e dos servidores federais, por estar abaixo do pleiteado na equiparação com os demais poderes.

Na avaliação de Lucia Lopes, 3ª vice-presidenta do ANDES-SN e integrante da bancada sindical que participou da sexta rodada da MNNP, a proposta, além de desrespeitosa, é divisionista. “Esta é uma proposta que joga no lixo a equiparação entre servidoras e servidores ativos e aposentados. É desrespeitosa porque o governo oferece 9% de reajuste em duas parcelas, uma que seria paga a partir de maio de 2025 e a segunda, em maio de 2026, deixando como zero, o ano de 2024. Então, isso mostra que essa proposta é insatisfatória, inaceitável”, avalia a dirigente. Para ela, o momento é de fortalecer a luta para fazer com que o orçamento, efetivamente, priorize a servidora pública e o servidor público.

A proposta apresentada hoje será encaminhada oficialmente às entidades, que farão os debates nas bases para, então, responder ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Para mais fotos da 6ª rodada de negociações, acesse o álbum no Facebook, AQUI.

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