Servidores baianos seguem na Assembleia Legislativa e polícia pressiona desocupação

Publicado em 14 de Dezembro de 2018 às 12h05
Servidores ocupam Assembleia Legislativa da Bahia

Após a ocupação o plenário na tarde de terça-feira (11), servidores públicos baianos seguem no Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, com o objetivo de impedir a votação dos projetos da reforma administrativa, proposta pelo governador do estado Rui Costa (PT).

Os policiais cercaram Alba e encurralam os manifestantes, impedindo a entrada de colchonetes e de alimentos. A imprensa foi impedida de entrar. Os servidores continuam resistindo e convocaram um grande ato em frente à Assembleia para esta quarta, para tentar barrar a votação.

Segundo informe dos representantes das seções sindicais do ANDES-SN, que estão na ocupação, os deputados estaduais se reuniram em outro auditório para votar o Projeto de Lei (PL) 22.971/2018.

“Continuamos na assembleia legislativa. Dormimos aqui de ontem para hoje. E há uma presença muito forte da polícia. O governo mudou a votação para um plenário secundário e colocou a polícia aqui para impedir a nossa circulação pelo prédio. Não estão permitindo a entrada de ninguém na Alba, nem da imprensa. A repressão está muito forte, por isso é importante que a categoria venha para cá para fortalecer essa luta. Temos vários companheiros do lado de fora, e precisamos ampliar a presença das categorias do funcionalismo, para lutar contra esses ataques ao funcionalismo público”, disse Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das Ads, entidade que reúne as seções sindicais do ANDES-SN das universidades estaduais baianas.

O PL 22,971/2018 propõe o aumento da contribuição previdenciária de 12% para 14%. Desde a semana passada, docentes das quatro universidades estaduais da Bahia (Uneb, Uesc, Uesb e Uefs) participam das mobilizações e atos públicos contra a proposta.

Mobilização para barrar o PL

A ocupação da Alba pressionou o presidente da Casa, Ângelo Coronel, a suspender a votação que estava prevista para essa terça-feira (11).

Em unidade, sindicatos e centrais sindicais realizaram durante a última semana uma jornada de lutas contra os projetos de lei da reforma administrativa. Uma das principais reivindicações é a derrubada do PL 22.971/18, que altera o percentual de contribuição previdenciária. Isto representa um aumento de 16,7% no valor da alíquota. Servidores, da ativa e aposentados, já enfrentam quatro anos sem reajuste salarial.

Além do aumento da alíquota, outro ataque do governo aos funcionários públicos é o PL 22.975/2018. A proposição promoverá uma redução de 50% no repasse do governo para o plano de saúde dos servidores. O Planserv, que já registra uma série de reclamações de usuários e de clínicas e médicos conveniados, será ainda mais precarizado.

*com informações e fotos do Fórum das Ads

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