NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO SOFRIDA PELA INDÍGENA MARIA CLARA BATISTA

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO SOFRIDA PELA INDÍGENA MARIA CLARA BATISTA

Publicado em 28 de Setembro de 2023 às 10h13

 

Circular nº 336/2023

Brasília (DF), 21 de setembro 2023

 

 

 

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN

 

 

 

Companheiro(a)s,

 

Encaminhamos, para conhecimento e ampla divulgação, nota da diretoria do ANDES-SN de repúdio à violência de gênero sofrida pela indígena Maria Clara Batista.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Profª Annie Schmaltz Hsiou

3ª Secretária

 

 

 

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO SOFRIDA PELA INDÍGENA MARIA CLARA BATISTA

 

A Diretoria do ANDES-SN manifesta seu profundo repúdio à violência de gênero sofrida pela adolescente indígena, Maria Clara Batista (15 anos), da etnia Karipuna, da comunidade Manga, cidade do Oiapoque, Amapá, que foi violentada sexualmente e ainda sofreu uma tentativa de afogamento na lama. A vítima conseguiu fugir do local e pedir ajuda, mas não resistiu aos ferimentos que a levou a morte no último domingo (17/09). A morte da jovem foi confirmada pelo Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque (CCPIO). O autor do crime, um homem identificado por Claudio Ferreira, de 43 anos, foi preso em flagrante.

Ao tempo que repudiamos mais esse ato de violência contra jovens e mulheres indígenas, o ANDES-SN conclama as autoridades responsáveis para que as investigações aconteçam de maneira célere tendo em vista a gravidade do crime, que as possibilidades de enquadramento do homicídio dentro dos limites da Lei do Feminicídio também sejam verificadas na acusação, uma vez que neste, como em tantos outros casos, verifica-se que o machismo subjuga o valor da vida de meninas e mulheres, que estereotipadas sucumbem a violência de gênero. 

Frente a mais esse caso de violência, reforçamos a necessidade de lançar mão de uma análise interseccional sobre as nossas relações sociais, de modo a compreender as interrelações de classe, raça e gênero. A cultura do estupro atravessa as nossas relações sociais, ameaça a vida de todas as mulheres, e os povos indígenas não passam ao largo dessa ameaça. A vida das mulheres indígenas é atravessada por machismo, misoginia e racismo ¾ é imprescindível lutarmos contra todas as formas de opressão. 

 

Justiça por Maria Clara!

Vidas de mulheres e meninas indígenas importam!

A violência contra as mulheres e meninas não é o mundo que a gente quer!

#machistasnãopassarão!

#pelofimdaviolênciadegênero!

Brasília (DF), 19 de setembro de 2023.

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

 

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